Por que, uma década depois de criada, Sex and the City ainda é um fenômeno? Provavelmente por ter sido a primeira, e ainda a única, série que mostra como as mulheres são – ou pelo menos como elas se vêem e gostariam de ser. Nunca antes a mulher de mais de 30 anos, cosmopolita e de classe média, fora retratada com tamanha fidelidade em suas conquistas e contradições. Todas as vezes que Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte, o quarteto fantástico de Manhattan, sentavam-se num bar e pediam um Cosmopolitan – coquetel à base de vodca e suco de cranberry, uma espécie de amora –, milhares de mulheres no mundo reconheciam a si mesmas ou a alguma amiga, prima ou vizinha. Que mulher desta geração não se viu, em alguma fase da vida, questionadora como Carrie, romântica como Charlotte, sarcástica como Miranda ou caçadora como Samantha?
Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha viraram ícones num momento em que as mulheres buscavam novas referências, passada a época da dedicação à família e a revolução dos sutiãs queimados. Nem tanto o fogão, nem tanto a selva do mercado. Daí a paixão sem fim por personagens que, ao mesmo tempo, pagam as próprias contas, correm atrás do amor e não sentem culpa por gastar uma fortuna num par de sapatos. “Essa é uma geração de mulheres que querem viver suas próprias fantasias. Solteiras, namorando ou casadas, querem ser donas de suas próprias vidas. Querem amar os homens que escolherem e comprar as roupas que quiserem”, afirma a sexóloga Pepper Schwarz, da Universidade de Washington, em Seattle. “As protagonistas de Sex and the City são ícones de um pós-feminismo que acreditam que os direitos da mulher já estão garantidos e que é hora de ir atrás dos sonhos individuais”, diz Márcia Messa, mestre em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ela elegeu a série como tema de sua tese de mestrado, “Sex and the City e o Pós-Feminismo”.
Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha viraram ícones num momento em que as mulheres buscavam novas referências, passada a época da dedicação à família e a revolução dos sutiãs queimados. Nem tanto o fogão, nem tanto a selva do mercado. Daí a paixão sem fim por personagens que, ao mesmo tempo, pagam as próprias contas, correm atrás do amor e não sentem culpa por gastar uma fortuna num par de sapatos. “Essa é uma geração de mulheres que querem viver suas próprias fantasias. Solteiras, namorando ou casadas, querem ser donas de suas próprias vidas. Querem amar os homens que escolherem e comprar as roupas que quiserem”, afirma a sexóloga Pepper Schwarz, da Universidade de Washington, em Seattle. “As protagonistas de Sex and the City são ícones de um pós-feminismo que acreditam que os direitos da mulher já estão garantidos e que é hora de ir atrás dos sonhos individuais”, diz Márcia Messa, mestre em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ela elegeu a série como tema de sua tese de mestrado, “Sex and the City e o Pós-Feminismo”.
"-Mas você tem algum plano?
-Não, eu tenho um vestido"
SAMANTHA E CARRIE, sobre um encontro com Big.
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